Viagem no tempo

por | dez 6, 2020

Uma volta ao passado por 60 quilômetros. Tinha gente que parava para ver a caravana de Crestline, Fairlanes 500 e toda espécie de modelos Ford antigos. A repórter, dentro de um Fairlane 500, modelo 195, olhava para trás e não acreditava : a rodovia dos Bandeirantes, em direção à Jundiaí, parecia uma autoestrada dos anos 50. Que nada! Era apenas mais um passeio promovido pelo Clube do Ford V-8, que existe desde 85, em São Paulo.

O passeio – apenas mais uma atividade promovida pelo clube – terminou em Jundiaí, com a reunião de 35 raridades Ford em uma chácara, e com um recorde: apenas um carro, o Ford conversível 41 de Jerônimo Kaminski, não agüentou o tranco da viagem. É que no dia anterior, seu carro enfrentara uma difícil jornada de Curitiba a São Paulo, para participar do comboio.

Peguei carona neste quase rabo-de-peixe vermelho e branco de Nelson Ott, o presidente e fundador do clube.

Um velho conhecedor? Velho não : apenas especialista no assunto: Ott é engenheiro de 29 anos, empregado na Ford do Brasil, com seu pai( Júlio Ott, que trabalhava no setor de manutenção da fábrica desde 47). O Fairlane 55 de Nelson talvez seja o único deste modelo no Brasil. É identificado  através do grande friso de metal que atravessa o teto do carro (este modelo foi importado para o Brasil apenas em 55 e 56). O painel é inacreditável: rádio push botton redondo, velocímetro em semicírculo sobre a direção – iluminado por trás – três marchas, direção hidráulica. Para montá-lo, Nelson usou dois automóveis do mesmo ano. E até no item motor , ele deu sorte: o deste carro, modelo intermediário entre o Falcon e o Galaxie, é idêntico ao que seria usado neste último, bem mais fácil de ser encontrado.

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